Vasco
O Vasco da Gama tem frequentado a zona de rebaixamento com certa frequência nos últimos anos e nesta temporada isso também não tem sido diferente. Desta vez, há o ingrediente extra da incerteza sobre o futuro do clube, que parece ainda pior que nos outros anos. Isso porque a 777 Partners havia comprado o futebol do Cruzmaltino, mas a situação da SAF nunca foi completamente esclarecida – a empresa tem alguns problemas jurídicos em outros países.
Assim, o Vasco rompeu com a 777 e Pedrinho, o presidente do clube, assumiu o controle total do clube, mas a situação ainda está se desenrolando na Justiça e não tem um resultado previsível. Em meio a isso, existem várias trocas de técnico e um elenco montado sem grande planejamento, que vem sofrendo para conseguir grandes resultados – tornando a situação ainda mais caótica.
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Corinthians
A situação do Corinthians tem alguns paralelos com a do Vasco – um time que tem falhas no planejamento, sofre para conseguir bons resultados em campo, anos de péssimas administrações e um futuro incerto. Recentemente, o alvinegro viu vários diretores se desligando do clube especialmente após um caso com a patrocinadora do clube.
Havia um contrato com participação de um “laranja” que recebia parte do valor de patrocínio – situação esta que vem sendo investigada pelas autoridades – e que teve muita notoriedade. Essa é só mais uma das facetas de um clube que tem uma dívida que já ultrapassa os 2 bilhões de reais e que vem minando a capacidade de investimento, além de comprometer até mesmo as necessidades mais básicas da equipe.
Esse cenário também afeta a situação dentro de campo, gerando atrasos de salários e também a capacidade do clube se reforçar, e é algo que deve continuar influenciando o dia a dia do Corinthians por um bom tempo.
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Fluminense
A situação do Fluminense se refere mais ao time em si do que ao extracampo. É bem verdade que o Tricolor das Laranjeiras não tem como competir contra clubes como Palmeiras ou Flamengo no aspecto financeiro, mas a equipe tem uma situação mais ajustada em relação ao seu orçamento.
Em relação ao time, há um elenco montado com vários jogadores que já passaram dos 30 anos – o que fica ainda mais complicado em um cenário onde o calendário só atrapalha. Tivemos recentemente a demissão do treinador Fernando Diniz, o que deve resultar em uma mudança na equipe, mas o quanto ainda pode ser feito com esse elenco é algo a ser avaliado.
Grêmio
O Grêmio vive um momento à parte. O Imortal não tem problemas financeiros ou um elenco muito limitado, mas as chuvas que o Rio Grande do Sul viu em maio afetam até agora a situação do clube (de maneira semelhante ao Internacional, porém, o rendimento do Grêmio tem sido pior).
Fato é que os dois times da capital gaúcha seguem sem sua casa à disposição, e isso interfere no que fazem em campo – vale lembrar ainda que o Grêmio possui jogos que foram adiados e serão disputados, mas a situação sobre os mandos de campo ainda é incerta e deverá afetar muito o que o time fará até que o problema seja resolvido.
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Outros clubes
Temos ainda outros candidatos ao rebaixamento, como Juventude, Criciúma, Cuiabá, Vitória e Atlético-GO. Essas equipes possuem um orçamento bem menor do que as citadas anteriormente, e também podem ter uma folga maior em algum momento (não são grandes candidatos a brigar por títulos, e em vários casos não disputam a Copa do Brasil ou competições internacionais).
Assim, a folga no calendário pode se tornar um trunfo dessas equipes, bem como o fato de não ter uma pressão tão grande como em clubes de massa e o fato de não terem dívidas enormes também pesa a favor, embora haja um diferencial técnico que muitas vezes faz a diferença.
