Fracassos nos resultados de base
Ramon Menezes nunca foi um nome muito destacado, mas mesmo assim ganhou o cargo de técnico de seleções de base do Brasil. Foi a opção de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF que ficou afastado recentemente por uma decisão judicial que questionava sua eleição, mas acabou retornando ao cargo graças à uma decisão do STF.
Sob o comando de Ednaldo (que assumiu como interino em 2021 e foi efetivado com a já citada eleição de 2022), o Brasil conquistou apenas o Sul-Americano sub-20 de 2023, classificando a equipe para o mundial da modalidade, em que foi eliminado por Israel, e também o Sul-Americano sub-17 de 2023, também participando do mundial e sendo eliminada pela Argentina nas quartas de final, por 3x0. Entretanto, se você quiser, também pode apostar em jogos do Brasil.
No profissional, mais decepções
O primeiro fracasso de Ednaldo com a seleção principal foi na Copa do Mundo de 2022, onde o Brasil foi eliminado pela Croácia, nos pênaltis após tomar o empate de 1x1 no final do jogo. Entretanto, essa derrota não pode ser colocada totalmente na conta do presidente, já que foi a gestão anterior (que também não era exemplar) quem optou por manter Tite no comando, e Ednaldo pouco podia fazer para mexer na estrutura da equipe a um ano da Copa.
Porém, Tite já havia avisado que não permaneceria no cargo após o campeonato, e a indefinição tomou conta da seleção. Em um primeiro momento, Ednaldo nomeou o já citado Ramon como interino, mas os resultados terríveis (derrota para Marrocos por 2x1 e goleada sofrida contra o Senegal por 4x2) selaram a remoção de Ramon do cargo.
Então, Ednaldo opta por Fernando Diniz, que também dura apenas seis jogos, sendo que passou boa parte do tempo prometendo a contratação de Carlo Ancelotti, do Real Madrid. O italiano renovou com os blancos, gerando uma situação desconfortável que forçou Ednaldo a trazer Dorival Jr. para o comando (ele ainda não fez sua estreia no cargo).
Falta de convicção também pesa
Com todos esses fatos, o que se vê é a total falta de convicção de quem comanda o futebol brasileiro. Houve uma época em que apenas o talento dos jogadores era suficiente para ser vencedor, mas esta época já acabou e o Brasil ainda não aprendeu. As decisões de quem gerencia o esporte tem influenciado em campo, de maneira muito negativa.
Para a seleção principal, formada por jogadores mais consagrados, isso pode ser menos preocupante, mas para os juvenis é uma tragédia, pois pode até mesmo afetar sua formação como jogadores. Já não é de hoje que o amadorismo na gestão tem sido um fator que influencia no campo. Além disso, se quiser testar seus conhecimentos, você pode fazer suas apostas aqui.
E os técnicos?
Outro fator preocupante neste cenário é a formação de treinadores. O Brasil continua fechado em si mesmo, ainda que tivesse exemplos como Jorge Jesus e Abel Ferreira para demonstrar o atraso que existe entre os seus colegas brasileiros. Enquanto isso, nomes como Roger Machado e Paulo César Gusmão, que não tem tantos sucessos no comando de equipes, ministram cursos de formação na entidade.
O cenário não é animador e parece que não mudará muito nos próximos anos, com um Brasil que pouco aprendeu com seus fracassos recentes e tampouco faz algo para mudar este trajeto. Existe muito pouca vontade para mudar este direcionamento, por parte de quem comanda o esporte.
A situação estrutural, que coloca nestes cargos apenas quem é escolhido por uma decisão política, também não ajuda, já que muitas vezes pessoas sem conhecimento técnico para essas funções são colocadas em cargos de comando. Assim, é difícil acreditar que algo mudará no futuro visível, e quem vai perdendo é o futebol brasileiro, em todos os sentidos. E apesar disso, você também pode continuar fazendo suas apostas nos jogos do Brasil.