Indefinição após a saída de Tite
Após uma eliminação para a Croácia na Copa do Mundo de 2022, o treinador Tite cumpriu com sua promessa e deixou o cargo de técnico da seleção brasileira. A partir daí, se iniciou uma verdadeira saga no que virou a busca por um novo técnico. Inúmeros nomes foram citados na imprensa, alguns menos viáveis, como Pep Guardiola, outros mais, como Mourinho, embora não tenham sido opções realistas em momento algum.
O nome preferido do presidente Ednaldo Rodrigues era mesmo o de Carlo Ancelotti. Havia uma certa indefinição sobre sua continuidade no Real Madrid, onde chegou a vencer a UEFA Champions League na temporada 2021-2022 (repetindo o feito de sua primeira passagem pelos merengues, em 2013-2014). Obviamente, o currículo do italiano é indiscutível, mas com uma queda de rendimento da equipe de Madri haviam boatos sobre uma possível saída.
Foi esperando esta brecha que Ednaldo passou a contar com Ancelotti como seu grande trunfo para trazer o título da Copa do Mundo de 2026. Entretanto, uma palavra definitiva nunca foi dada pelo treinador, ao menos publicamente, o que resultou num mal estar público bem grande, com o técnico sendo perguntado (e não respondendo) a cada coletiva, focando apenas em seu trabalho no Real Madrid. Falando nisso, você também pode apostar no campeonato espanhol.
Um 2023 complicado
Ao mesmo tempo, os resultados da seleção não vinham agradando. O Brasil perdeu para Marrocos por 2x1 em seu primeiro jogo após a copa (o que não é um resultado tão inesperado dado que a seleção africana fez boa participação no campeonato). Entretanto, uma derrota por 4x2 para o Senegal foi a gota d´água, fazendo Edinaldo optar por Fernando Diniz, do Fluminense, para assumir interinamente.
O treinador até começou bem, com uma goleada por 5x1 sobre a Bolívia e outra por 1x0 contra o Peru, fora de casa. Daí para frente, nada mais deu certo, sofrendo um empate para a Venezuela e derrotas tanto para Argentina e Uruguai como também para a Colômbia.
Fato é que acumular o cargo de técnico da seleção com o de treinador do Fluminense não deu tão certo, e essa sequência ruim selou o destino de Diniz, ainda que a demissão não tenha sido imediata. Apesar disso, se quiser você pode também apostar no campeonato carioca.
Extracampo mexe com a CBF
Graças a uma ação que vinha sendo movimentada desde 2018 pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, questionando a eleição para presidente da CBF que teve Ednaldo como vencedor, o presidente foi afastado do comando da entidade. A notícia caiu como uma bomba e chegou até a ameaçar tanto clubes como a seleção brasileira de participar de qualquer competição internacional, uma vez que a FIFA não aceita interferências externas em entidades filiadas.
Assim, vendo este ambiente conturbado, Ancelotti assina sua renovação de contrato com o Real Madrid, pondo fim a qualquer esperança de vê-lo como treinador do Brasil. A CBF havia entrado com um recurso contra a decisão na Justiça, mas para a situação de Ancelotti não havia mais remédio. Inclusive, você também pode apostar em jogos de seleções (a Copa Africana de Nações já está em andamento, por exemplo).
CBF encontra seu técnico definitivo em Dorival Júnior(?)
O recurso da CBF acabou acarretando na volta de Edinaldo ao comando, graças a uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal. Vendo que não havia mais o que ser feito em relação a Ancelotti, a primeira ação de Ednaldo é demitir Diniz após seis jogos no comando (é claro que o treinador do Flu não ficou nada feliz ao receber a notícia).
Vendo que talvez não fosse tão fácil trazer um técnico com a situação jurídica da CBF ainda indefinida, o presidente opta por uma solução caseira com Dorival Júnior, que estava no São Paulo (onde conquistou uma Copa do Brasil), após grande passagem pelo Flamengo, onde além da Copa do Brasil, venceu também uma Copa Libertadores da América.
O currículo recente de Dorival é muito bom, mas como pudemos ver a seleção tem problemas extracampo que podem afetar sua passagem. Ele é conhecido por abraçar seus jogadores e criar um bom ambiente de trabalho, mas será possível fazer isso numa CBF que está longe de viver um período calmo?
Será que Edinaldo manterá o técnico caso enfrente uma sequência tão ruim como a de Diniz? E, além disso, cabe lembrar também que a CBF ainda tem questões jurídicas pendentes, com denúncias de abuso por parte dos dirigentes e que podem afetar o andamento das questões em campo.
É neste ambiente imprevisível que Dorival terá a tarefa tanto de buscar a classificação para a Copa do Mundo de 2026 (que não deve ser tão difícil, já que existem mais vagas para esta edição) como também de fazer uma boa Copa América já neste ano. Assim, só nos resta aguardar o que os próximos capítulos podem trazer. Para outras notícias, você também pode acompanhar o nosso site, sempre atualizado. E, se quiser algumas dicas para suas apostas, também pode acessar os nossos prognósticos.
