Como seguem as negociações dos direitos de TV do brasileirão para 2025

Para quem não se lembra, nos bastidores o futebol brasileiro segue se movimentando em torno do que começou como uma nova liga, mas que agora se tornou meramente uma discussão sobre os direitos de transmissão do campeonato brasileiro a partir de 2025 – embora tanto essa negociação quanto o quadro geral tenham sofrido algumas mudanças nesses últimos dias. O que não muda é a situação de divisão, que ainda afeta o cenário e apenas complica mais a situação.

Já há algum tempo que temos Libra e Liga Forte sendo os dois grupos que surgiram em meio ao entrave que ainda se apresenta, com os times da Libra já tendo fechado os direitos de transmissão das suas partidas para a TV aberta com a Globo, ao passo que recentemente a Liga Forte negociou seus direitos com a rede Record – assunto no qual entraremos em maiores detalhes a seguir.

O fato é que pelos próximos anos essa divisão persistirá, com uma negociação em bloco único sendo apenas um sonho distante e, ao que parece, impraticável dadas as demandas de cada clube. Além disso, não se esqueça também que temos aqui mesmo uma lista com as melhores casas de apostas do mercado.

A situação a Libra

Como já é conhecido, a Libra tem um acordo com a Globo para transmissão dos seus jogos do brasileirão a partir de 2025, com validade por 5 anos e um valor total de 6 bilhões de reais, a serem pagos durante toda a duração do contrato. Os times que estão nessa liga são: Atlético-MG, Bahia, Flamengo, Grêmio, Palmeiras, São Paulo, Red Bull Bragantino e Vitória.

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Estaduais passam a ser questionados

Esses valores se referem a todas as mídias, incluindo transmissões via internet e pay per view, com exclusividade garantida para o grupo Globo. Entretanto, a grande notícia para este lado é que Palmeiras e Flamengo passaram a questionar nestes últimos dias a realização do estadual, exigindo uma diminuição nas datas desses campeonatos – algo que, além de válido, é o mais importante a ser discutido nesse momento já que são justamente os estaduais que mais atrapalham o calendário brasileiro.

Porém, essa é uma discussão que deveria ter sido colocada em primeiro plano justamente quando ainda se discutia a formação de uma liga – há contratos vigentes e situações de patrocinadores em relação aos estaduais, sendo difícil que esse cenário se modifique a curto prazo justamente por causa desses entraves (algo parecido com a discussão sobre uma parada para a Copa América, que existiu anteriormente, mas veio meses após o tempo em que deveria ter sido feita).

Enquanto isso, na Liga Forte...

Também tivemos uma grande notícia nesta semana, com o retorno do campeonato brasileiro para a TV Record, que fechou os direitos de transmissão de TV aberta – sendo a primeira vez em algum tempo (mais precisamente, 19 anos) que teremos mais de uma emissora transmitindo jogos da principal competição nacional em rede aberta.

A outra novidade é que o grupo também vendeu seus direitos de transmissão para o YouTube, e somado aos valores da Record já giram em torno de 400 milhões de reais por ano – ainda assim, longe dos valores que a Globo oferece aos times da Libra. A proposta da Liga Forte é uma divisão multiplataforma, ou seja, com vários canais colocando seus jogos à disposição.

E, também para quem não lembra, os times que fazem parte dessa liga são Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Criciúma, Internacional, Fluminense, Fortaleza, Vasco e Juventude.

O lado positivo dessa situação é que, no momento, o fã do futebol ainda sai ganhando – serão 38 jogos transmitidos pela Globo e mais 38 pela Record ao longo do campeonato, sendo dois por rodada (o dobro do que ocorre atualmente). Porém, ainda há situações sendo discutidas, como horários de jogos – por exemplo, foi noticiado que a Liga Forte solicitou o horário das 19h de quarta-feira para transmissões, algo que a CBF já disse ser impossível.

Além disso, temos também uma seção com as grandes notícias do esporte.

O que ainda está em negociação

Outra diferença para a Libra é que esse contrato tem duração apenas até 2027 – o que pode ser positivo na hora de negociar novos valores, mas o fato é que a Liga Forte ainda precisa remar e conseguir mais receitas, pois a diferença de valores para a Libra no momento ainda é grande – entretanto, essa disparidade ainda deve diminuir, já que a liga negocia com outras plataformas.

Um dos pontos de interrogação que ainda permanece é o do Pay Per View, que ainda está em aberto no caso da Liga Forte (a própria Globo ainda tem interesse nessa área, mas o futuro é incerto). A única certeza no momento é que deve ser uma grande fonte de receitas para os times que compõem esta liga.

A divisão para direitos de negociação em duas ligas também tem pontos positivos, e até mesmo o calendário voltou a ser pauta nos últimos dias – embora ainda pareça muito difícil que haja mudanças em relação a isso no curto prazo. Outro ponto positivo é que haverá mais opções para os espectadores, mas a situação do pay per view deveria ser tratada com mais cuidado, já que é muito mais interessante que haja um único pacote nessa área.

E, por fim, não se esqueça também que temos aqui mesmo a programação dos esportes na TV, atualizada todos os dias.