Como podem ficar as transmissões dos jogos do campeonato brasileiro 2025?

Recentemente temos visto uma série de negociações pelos direitos de transmissão do campeonato brasileiro – em algo que inicialmente tinha começado como uma liga para discutir não apenas esse assunto, mas também outras situações do campeonato brasileiro, como o calendário e a organização de torneios, mas que graças à falta de visão de alguns dirigentes e ao colocar interesses que competem mais aos clubes do que à liga como um todo, prejudicando os times mais do que melhorando a situação.

De fato, o que aconteceu foi a divisão dos clubes – o que era uma negociação com um único bloco que visava melhorar o futebol brasileiro em várias questões acabou se tornando meramente uma discussão por direitos de TV do campeonato brasileiro, com os clubes divididos em dois grupos, a Liga Forte do Futebol e a Libra, o que acabou por enfraquecer os clubes na negociação – já que divididos, os valores são menores e o poder de negociação também.

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Como está a situação da Libra?

Por enquanto, os clubes da Libra (Atlético-MG, Bahia, Flamengo, Grêmio, Palmeiras, São Paulo, Red Bull Bragantino e Vitória) já têm sua situação definida, com seus direitos tendo sido vendidos para a Globo em todas as plataformas. Isso quer dizer que a emissora carioca tem direito a transmitir 4 jogos por rodada do campeonato brasileiro, distribuídos entre a tv aberta, na própria Globo, Sportv e com o pay per view, no Premiere.

Os valores totais giram em torno de R$ 1.1 bilhão, a serem divididos entre os clubes participantes dessa liga (e com critérios diferentes dependendo da mídia, ou seja, os valores de pay per view são distribuídos de maneira diferente da TV aberta, por exemplo).

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Como está a situação da Liga Forte?

O caso da Liga Forte é um pouco mais complexo. O grupo já tem acordo com a Record para a transmissão em TV aberta (na casa dos R$200 milhões), com o Youtube para transmissões via streaming (também na casa dos R$200 milhões) e mais recentemente com a Amazon, algo que vale em torno dos R$350 milhões, de acordo com o UOL.

Assim, é esperado que no momento o grupo já tenha em torno de R$700 milhões garantidos, mas é bem possível que ainda fique abaixo do valor total que a Libra receberá. Vale lembrar ainda que o grupo (formado por Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Criciúma, Internacional, Fluminense, Fortaleza, Juventude e Vasco) tem 6 partidas por rodada em seu cardápio.

No momento, uma partida será transmitida por Record e Youtube, enquanto uma segunda já seria da Amazon para ser transmitida em suas plataformas. Restam ainda 4 jogos que estão sendo negociados – em formato de pay per view.

Sobre as partidas pagas da Liga Forte

É difícil prever exatamente o que acontecerá com as partidas em formato pay per view da Liga Forte – há negociações em andamento e alguns interessados. De acordo com as últimas notícias, no momento os negociantes são a própria Globo, para transmitir as partidas no Premiere juntamente com os times da Libra, e o Youtube. Aguardemos então os desfechos para ter uma ideia dos valores envolvidos.

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Como fica para o fã de futebol?

Até o momento, apesar da divisão entre os clubes, há mais opções para quem gosta de futebol, o que – por um lado – é positivo. A parte interessante aqui é que teremos dois jogos por rodada na TV aberta, ao invés de apenas um, trazendo mais entretenimento para os espectadores. A transmissão via YouTube também é bem-vinda e oferece a chance de assistir às partidas online – algo que no momento só é possível assinando algum pacote da Globo.

Agora, o lado negativo. Se quiser ver mais jogos, além de assinar a TV a cabo para acompanhar as partidas do Sportv, também será necessário assinar a Amazon Prime para assistir aos jogos transmitidos por lá (e esse é apenas o início dos gastos a mais).

Adicionalmente, temos ainda a situação indefinida dos pacotes de pay per view. A Libra já tem a transmissão de seus jogos definida, mas a indefinição da Liga Forte no momento deixa em aberto uma situação onde os torcedores poderão ter que adquirir mais um pacote, caso não fechem com a Globo.

Essa é outra possibilidade bastante ruim não apenas pela chance de um gasto maior, mas também pela incerteza sobre as transmissões em si (a Globo já tem uma infraestrutura pronta, enquanto ainda há a possibilidade que os jogos do YouTube sejam transmitidos apenas em formato online, sendo que as transmissões via internet ainda têm alguns problemas, como o delay típico desse tipo de transmissão).

A negociação em blocos separados pode até ter alguns pontos positivos, mas no geral serviu mais para enfraquecer a posição dos clubes e potencialmente diminuir os ganhos. Além disso, a liga em si não saiu – e provavelmente não sairá – do papel, deixando questões como o calendário novamente em segundo plano, quando deveriam ser a prioridade.

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