Brasil – Nike
A Nike fornece o material esportivo para a seleção brasileira desde 1996, e no contrato atual, que vai até 2027, paga em torno de 35 milhões de dólares ao ano. Entretanto, esse contrato data de 2006, quando Ricardo Teixeira ainda era o presidente da CBF (desde então, já houve várias trocas no comando, mas pouco mudou na questão dos fornecedores).
Assim, a confederação entende que esses valores já estão defasados e na última semana tivemos a notícia de que já há interessados em substituir a Nike. Puma e Adidas estariam no páreo, e os valores para este próximo ciclo devem girar em torno de 1 bilhão de reais ao ano, mais royalties e a possibilidade de abertura de lojas, além de participação nas vendas. Entretanto, ainda há tempo até 2027 e uma contraproposta da gigante americana não é impossível.
Alemanha (futuramente Nike)
No momento, quem fornece os materiais esportivos para a seleção alemã é a Adidas, parceira histórica que tinha a conveniência de também ser alemã. Entretanto, esse casamento que foi iniciado em 1954 já tem data para acabar, e será em 2027, quando a Nike passará a vestir os atletas da Die Mannschaft. De início, essa notícia também foi surpreendente já que a Adidas tem forte presença no mercado alemão.
Entretanto, aos poucos isso começa a ser melhor explicado. A Nike deverá pagar 100 milhões de euros ao ano, o dobro do que a Adidas paga atualmente (embora os valores não sejam confirmados). A seleção não passa por um bom momento dentro e fora do campo, com premiações abaixo do esperado e uma nova sede com um CT que acabou custando 180 milhões de euros – assim, o dinheiro acabou falando mais alto que a tradição.
França – Nike
Agora, uma parceria que encerrou outro acordo histórico. A França teve uniformes da Adidas de 1972 até 2010, uma parceria memorável que rendeu algumas das camisas mais bonitas do futebol (e, infelizmente para o Brasil, também foi com uma camisa dessas que Les Bleus conquistaram a Copa de 1998 ao bater a seleção canarinho por 3x0, num jogo que tem algumas controvérsias sobre a participação de Ronaldo até hoje).
Porém, os tempos em que Zidane e Platini ostentavam a marca das três listras na camisa acabaram ficando para trás, fazendo quase uma década e meia que os franceses tem vestido Nike – também conquistando a Copa de 2018 com essa marca, num time que tinha um jogo coletivo fortíssimo com nomes como Mbappé, Griezmann e Pogba. A Nike, atualmente, paga 100 milhões de euros aos franceses, num contrato que recentemente foi renovado até 2034.
Itália – Adidas
A Itália protagonizou uma troca de fornecedor de material esportivo recentemente, e essa foi uma briga doméstica. A Puma vestiu a seleção italiana por 20 anos, e ofereceu um contrato de R$ 110 milhões ao ano em 2022 para a Azurra. Entretanto, a Adidas, rival histórica da Puma, ofereceu R$ 178 milhões à época (35 milhões de euros por ano), o que acabou por convencer os italianos.
Para quem não conhece, Puma e Adidas tem um longo histórico de rivalidade desde a sua fundação, com os irmãos Adi Dassler (fundador da Adidas) e Rudolf Dassler (fundador da Puma) envolvendo a própria cidade de Herzogenaurach – onde nasceram e viveram – sendo dividida entre as marcas.
De fato, eles até trabalharam juntos por algum tempo na Adidas, mas as constantes brigas tornaram impossível o convívio e por isso Rudolf saiu para fundar sua própria empresa. Eles nunca se reconciliaram, chegando ao ponto de serem enterrados em lados opostos do cemitério da cidade. Assim, a troca da Puma pela Adidas na seleção italiana é apenas mais um capítulo nessa longa história.
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